segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Adaptação conjugal.

Disse que não viria portar tão cedo, mas o Adão não me deixou quieta, então cá estou a falar de adaptações conjugais.
Casamento pra mim sempre foi um paradigma.
Desde muito pequena sempre me perguntei o que acontecia nos misteriosos ninhos de amor, quarto de casal escondia pra mim algo além de sexo.
Meu casamento seria diferente, eu não me casaria.

Decidido já foi na adolescencia não me casaria na igreja a menos que fosse com um homem que ficasse no altar me esperando e no outro dia me perdoasse. Fui dama de honra por duas vezes que eu lembre, entrar numa igreja nunca foi algo que desejei, é uma entrega muito profunda, é abrir asas pra grandes expectativas, é assumir compromissos com Deus que nem sabemos se somos capazes de cumprir. E se não assumimos com Deus começa a primeira hipocrisia.

Nunca entendi muito bem por que aos domingo a maioria dos maridos deitavam no sofá pra ver futebol enquanto as esposas preparavam o almoço, ambos não trabalharam a semana inteira???
Por que os homens podiam sair e bebericar com os amigos pelos bares da vida e as mulheres se reuniam com as amigas em casa????
Os tempos mudaram....... E nós também. Mas ainda tem muita gente apostando e brigando pelo tradicional.
Não vou dizer que sou mais ou menos feliz na maneira "doida" que encontrei de levar a minha vida conjugal, muitas vezes ela realmente não me satisfaz.
Meu companheiro é mal marido? Não.
Ele é um bom pai? É, sem sombra de duvidas.
E um bom provedor? Melhor só Bill Gattes, kkkkkkkk.
Mas casamento não é só isso, entra a satisfação pessoal, é se olhar no espelho e ter orgulho de quem vê, independente da maternidade, do casamento, dos amigos, é se olhar no espelho e saber que se perder tudo que tem agora ainda existirá.
Quando o amor acaba, tem uma serie de sentimentos que não temos a obrigação de destruir.
Por que temos que manter bem longe de nós quem não amamos mais ou não nos ama?

Quando se tem filhos então........

Não acredito em casamento pela forma que a maioria deles acaba, é como se só tivesse acontecido coisa ruim, ofensas.... acusações...... Isso é meu, isso você não leva..........

Tem como as pessoas se adaptarem sim, basta ser honesto consigo mesmo e se perdoar. Quase sempre descarregamos sobre outro o odio de termos feito as escolhas erradas, odiamos e brigamos em vão, direcionamos energia demais para o destruir o que sobrou, ou para recuperar aquele sentimento ja estraçalhado, e esquecemos que novos sentimentos podem surgir.

Cadê a sensatez? Só por que alguém não se encaixa nos padrões de marido não serve para mais nada? Para e olha. Será que ele não é seu melhor amigo, sempre foi e vocês confundiram tudo???......
Quando se tem filhos então......... Você realmente tem parar pra pensar.
Porque você tem que mandar seu marido embora só porque ele te "traiu" e todo mundo sabe, se foi você que provocou a situação? Até em casos de assassinato induzir o réu ao crime é levado em conta. (cade a Betinha? aff...)
Porque você tem que se jogar no mundo, expor seus filhos a situações desnecessarias por que você não ama mais seu marido? Porque o casamento acabou? Problema é seu. Resolva sem interferir na vida de quem nada tem haver com isso. Isso é responsabilidade sobre seus atos.

Tem que adaptar sim, tem que tentar resolver da maneira menos sofrida sim, Tem que aceitar que espaço fisico e espaço sentimental (casa X lar) são indiferentes a casamento.
Você pode morar com seus Ex, e viver a vida normalmente, criar os filhos numa boa, dividir despesas, etc.....
Agora se um dos dois vai olhar para o outro e se excitar...... Esquece......
Se alguém ainda tem ciumes........ Se alguém vai se sentir mal porque o outro ta feliz.......
Realmente não vale a pena. Alguém vai se machucar e muito.

E essa coisa da "FACHADA", ninguém vive de fachada, as pessoas que as vezes veem o que querem ver.
Se eu vejo alguém pobre com um carro zero Km, logo direi que vive de fachada. Peraí..... Eu não sei quais são as reais necessidades dele, não sei o que é prioridade, nem o que o faz feliz, ele pode simplesmente querer o carro pra si e não para que os outros achem que ele tem alguma coisa.
Assim é o casamento, a maioria o tem como satisfação social, e sofre muito alimentando os desejos da sociedade, é claro que existem alguns parametros para que se viva bem em sociedade, mas dai a responder a uma traição e um desamor como ela exige, eu não aceito isso.
Cada um tem suas necessidades e satisfações.
Buscar algo maior e diferente não deve ser criticado, mas desde que você realmente esteja em busca e não simplesmente perdida sem saber por onde começar.

Um ser humano comprometido que se interessa por alguém que não seu parceiro, não comete crime algum, todos nós estamos sujeito a isso, se você não está, sinto muito, você não está vivendo, viver é correr riscos, a estrada da vida é cheia de curvas, e se não desaceleramos podemos capotar, mas também não podemos seguir na velocidade dos outros pode ser muito mais arriscado, cada um sabe o que o impulsiona e a sua capacidade de aceleração.

"Se você tem um fusquinha, não tente acompanhar uma BMW, a não ser que você queira ser o carona na estrada da vida"

  • Ela se encontra ausente......... Esses dias tem andado totalmente OFF, então não liguem para a falta de sentimentalismo no texto. Logico que este lado conta. Mas Ela que adora essas coisas: "se entregar por amor", "lutar pelo amor".

Mas o ideal mesmo é se adaptar da sua maneira antes que as coisas comecem a desabar.
Topa uma relação aberta? então vai lá..... Esquece o que os outros vão falar.
Topa um casamento de "fachada"? Vai se sentir melhor assim? Então siga sua estrada.
Quer perdoar uma traição? Você não será a primeira nem a ultima.
Quer continuar casada mas em casas separadas? Qual é o problema?
Gosta de ter a cama todinha pra você? Fale isso com ele.
Mas o que não vale é culpar o outro depois, Tem que ter certeza se é capaz de segurar a onda. Brincar de ser feliz com a vida dos outros não dá certo.
Tudo é simples assim:"Eu quero e Você quer, somos capazes de enfrentar os riscos, não estamos indo de encontro a decisão de mais ninguém, então podemos faze-lo."

Você é tradicional ou invador?

Eu.............

3 comentários:

cris disse...

Adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... clara e concisa, sem meias palavras. Boa EU! Bravo!!!!

Eu não sou tradicionalista e actualmente eheheheh nem inovadora ahahahahah Deixa pra lá... viva o sol, o céu e os meninos felizes... Beijos para ela também ahahahah que baralhação! Lol Gosto deste seu sítio. Muito

Anônimo disse...

Este seu texto tá muito pessoal. Uma boa reflexão sobre o assunto. Entretanto, a atitude, não é muito diferente de "Maria", por outro lado, você tem vivido com as suas adaptações necessárias. Há outras que em sua situação, agiriam de forma diferente, mas isto é mesmo de nós humanos. Cada qual reage de uma maneira diferente para situações semelhantes.

Não achei que seja algo tradicional, porém, também não achei inovador, mas complacente, submissão não a ele, mas à situação. Cada um é cada um!

Gostei de sua segunda opinião, quando se tratou do apoio, e da visão que teve quanto a "Maria", que se empenhou mais por seus objetivos. Entretanto, é o mesmo caso: cada um é cada um.

Um cheiro, e parabéns, eu não teria coragem de agir e viver assim.

Ana Paula disse...

Cara, é tudo tão difícil.. Hoje em dia acho complicado até paquerar... Imagina ir diante de um padre e jurar amor e fidelidade eternos... Se bem que isso eu já não posso mais fazer, pq sou separada, rs rs rs!

O importante é tentar ser feliz... E cama só para a gente é tuuuuudo de bom!

Sou mezzo tradicional, mezzo inovadora. Um pézinho lá e o outro cá, em cima do muro.