sábado, 28 de fevereiro de 2009

Meu novo espaço, nem tão novo assim...

Ia, me dedicar a este espaço sem divulgação, mas decidi fazê-lo.
É sobre uma guerra que travo há anos comigo mesmo, vencer meu maior inimigo que eu amo, o CIGARRO, mas prefiro chama-lo de Ton, odeio o nome anterior.
Eu gosto e odeio fumar, preciso parar.
Não sou daquelas pessoas que fumam em qualquer lugar, tenho minhas regras, sou capaz de passar um dia sem ele, mas uma hora ou outra vou precisar, que ao mesmo tempo que me dá boas sensações me destroi.
Não estou com ele em ambientes fechados, dentro de casa é proibido, não o mantenho perto de crianças, adolescentes e não fumantes.
Ele me acompanha só quando estou sozinha.
Não sou dependente da nicotina, e isso transforma o ato de parar mais custoso.
Sou dependente psicológica!!!!!
Ele não é um tubinho com mistura de nicotina, alcatrão e outros milhões de produtos, aos meus olhos ele se faz presente externamente, uma espécie de companheiro, o ato de tragar é como se ele se comunicasse comigo, entenderam????
Lógico que não, mas qualquer dependente psicológico do ato de fumar sabe explicar perfeitamente essa sensação.
Se eu fumar cigarro de palha terei a mesma sensação e o mesmo prazer.
Aí você me pergunta, porque você não fuma cigarro de palha????
Sei lá...
São essas coisas que quero descobrir sobre esse vicio, escrevendo e registrando e relendo.
Lá não serão permitidos comentários, não quero criticas, mas quero que seja um espaço publico para leitura, depois vou reformular a descrição para que muitos que já tentaram se livrar desse inimigo intimo, saibam que não são fracassados, para a dependência psicológica, não existem adesivos que resolva, que a única solução é a aceitação e enfrentamento.

SÓ OS MEUS OLHOS VÊEM

Estou tentando , do meu jeito maluco, mas estou.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Vida real é melhor!!!!!


"Sabemos que é próprio da pessoa tentar controlar aquilo que é intrinsecamente característico do ser humano, tentando livrar-se da percepção e consciência do que acontece consigo, uma vez que imagina que é devido à elas que sente dor mental. A modernidade nos oferece a Internet, entre outros, como instrumento possível de fuga da dor de existir e assim encontrar o repouso desejado durante a vivência das situações de conflito, isto é viver no paraíso. Ou seja, a Internet pode ser vista como o Éden moderno. Mas, como usar a Internet de tal maneira a ocupar o espaço de resolução dos conflitos emocionais?

Atualmente, os jogos eletrônicos e a realidade virtual frequentemente substituem os espaços lúdicos interpessoais que possibilitam a experiência e a elaboração emocionais. Servem como substitutos da relação pessoa a pessoa, necessária para o desenvolvimento e enriquecimento psíquicos, tornando a vida humana parecer um jogo com um objetivo a ser atingido, onde se acerta ou erra, ganha ou perde, etc. As experiências humanas passam a ser dicotomizadas: certa ou errada, boa ou má, por exemplo, ficando, assim, mais fáceis de serem controladas. O contato humano se dá entre um ser humano e uma máquina tirando a riqueza emocional da relação interpessoal, mas as dores do viver e angústias são evitadas.

No mundo virtual tudo pode: não existem limites, finitude. Uma pessoa pode se apresentar a outra como gostaria de ser e de ser vista, ou se mostrar como a pessoa com quem se comunica quer que ela seja. São vistas e se mostram numa tela de computador, através da visão de palavras. A realidade virtual, assim, passa a ser a extensão do eu, (...)
Site: www.lincx.com.br
Fonte:
Suely Gevertz. Psicóloga e psicanalista. Professora nos cursos "Atendimento em Orientação Familiar e Processos Psicoterapêuticos", "O Desenvolvimento do Raciocínio Clínico na Prática Psicoterapêutica" e "A psicanálise na sociedade contemporânea", do Instituto Sedes Sapientiae. Membro efetivo do Departamento "Formação em Psicanálise", do Instituto Sedes Sapientiae. Coordenadora editorial da seção Psicanálise da revista "Viver Psicologia", da Editora Segmento. Psicanalista pelo Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de psicanálise de São Paulo.


Estou com uma puta preguiça de pensar, dizem que é inferno astral, daqui a pouco 36...

Venho há tempos tentando me despedir do blog, sempre algo me leva a desistir.
Entro, leio a atualização dos meus favoritos, as vezes comento, outras não, na realidade não me perco com assuntos que não me interessam, não leio mais apenas por ler e marcar presença, não tenho me ligado mais em quantos me lêem, embora tenha me surpreendido com o numero de visitas, mas de pessoas que nem sei quem são...
Há pouco mais de um ano, percebi que o que escrevia estava interferindo diretamente no comportamento dos meus amigos, comecei a ser contida no que escrevia, embora todos gostassem dos meus textos, mas isso aqui ainda era um blog pessoal, os meus pensamentos e não o meu comportamento.
Na internet eu já li de tudo, já vi comportamentos de mesquinhos a maravilhosos, mas até quando existia verdade neles? São poucas as pessoas que põe na rede sua realidade nua e crua. Eu sou uma delas, acho que a Iara também, ela me motivou a publicar esse texto, e vai ser bem extenso e talvez o ultimo(durante a pane do google veio a certeza de que não quero mais ter um blog).

De que me adianta inúmeros amigos virtuais, se nem sei direito quem é meu vizinho?
De que me adianta magnificas ideias se não converso sobre elas com meus amigos reais?
De que me adianta agradar alguém lá do outro lado do mundo se não consigo perceber alguém que divide um espaço físico comigo?

O mundo está impessoal, não sei se uma maneira de se projetar com perfeição, mas a realidade é que nada virtual é completo, nós sabemos apenas parte do outro, o que ele quer mostrar e como quer mostrar quem é, e isso é perigoso.

Vejo pessoas mentirem suas vidas, vejo pessoas julgarem as outras e isso me traz certo incomodo.

Quando estamos no mundo virtual estamos mais propensos a julgamentos que as vezes interferem de maneira destrutiva as nossas vidas, o que alguém lá do outro lado do mundo acha nada tem haver com a minha realidade aqui, os aspectos económicos, culturais, emocionais são outros. O que acontece com menos frequência numa rodas de amigos que sabem quanto vc ganha, quanto custa seu aluguel, se o clima está propenso a depressão, como se comporta o mundo a sua volta, detalhes impossíveis de serem passados e sentidos pela rede, é possível se imaginar uma realidade, mas dentro do que conhecemos, não posso imaginar o que meu sentimento não conhece. Isso é ilusão.
Se você desliga o computador e tem aquela sensação horrível de vazio, como se tivesse "desligado" um ente querido, comece a olhar mais para as pessoas a sua volta
, a vida real é melhor.

Tem gente que diz que sou doida, tenho um amigo que diz que se eu conversar certos assuntos com estranhos vão pensar que eu fumo um negocinho, mas a sensação que tenho é que estamos fornecendo informações pra serem catalogadas, para sermos manipulados, um exemplo, foi anunciado que a comida do mundo está acabando, rapidamente se soube a reação dos pobres mortais, será que tinha fundamentos? Será que era um estudo ou uma pequisa comportamental? Acho que ninguém ligou não se falou mais nisso.

As pessoas estão se preocupando mais por nada, estão mudando seu comportamento por conta do que está acontecendo lá do outro lado do mundo e esquecendo de cuidar e resolver a sua realidade.
Se um dia der uma pane nos provedores de internet no Brasil, o numero de suicídios será assustador, então se você é totalmente ligado na internet comece a cultivar algo real, comece com pequenas caminhadas, pare pra assistir o por do sol, sorria para as pessoas na rua mesmo que te achem um louco, é legal pra cacete ser louco. No começo você pode achar estranho, chato, mas depois ao invés de querer mudar a template do seu blog você vai querer se vestir melhor, estar melhor, ter coisas que a vida real exige, lógico que é mais fácil esconder as necessidades e a carência atrás de uma tela, mas fico imaginando se algumas pessoas fizessem tudo o que fazem de graça pra ganhar dinheiro, putz..., não lhes faltariam nada.

Essas ferias foram uma merda, nossos planos foram por agua abaixo e não foi literalmente, como diz meu filho mais novo, não houve ferias de verão, só choveu.
Minha intenção era tira-los dos jogos eletronicos, então com tanta chuva, ao invés de jogar xadrez na internet, comprei um tabuleiro de xadrez, ao invés de jogarmos vídeo game comprei um War, essa partida da foto durou 7 horas, e não terminou, recebemos visitas e tivemos que interromper, estar perto de outras pessoas, sentir o calor de alguém, ver as expressões corporais, não existe o que substitua isso, por mais que esteja perto um do outro, diante de uma tela é só apertar um botão o resto a maquina faz, ou nossa imaginação.
Eu amo meus amigos virtuais, mas meu relacionamento com eles é limitado a ideias e palavras, eu sou uma pessoa incapaz de viver sem aconchego humano, tem coisa mais gostosa do que um abraço aquecedor? E não tem descrição falada ou escrita que chegue perto da sensação de ser amado.

EXPERIMENTE!!!!!!!


Voltei as minhas arcaicas anotações e rabiscos.