terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A Roda da Hipocrisia!!!

Modelo antigo da Roda dos Expostos ou Enjeitados

Quem nunca ouviu falar da roda dos expostos ou enjeitados???

Pois é.... Me assustei ontem quando vi uma reportagem em que diziam que provavelmente voltará a existir aqui no Brasil.
Parlamentares clamam por sua volta diante do crescimento numero de abandono de recem-nascidos ao acaso.
É uma solução, mas não é "A SOLUÇÃO".
Alguns países(catolicos) ja adotaram a medida, e o Brasil pretende seguir o caminho.
Fico triste, por que sairia mais barato aos cofres publicos a informação, Liberdade sem informação, dá nisso.
Vejo por aí o que muitas mulheres estão fazem consigo mesmo, em nome da igualdade dos sexos, se expondo a riscos desnecessários, se desvalorizando.
Antes a roda dos expostos ou enjeitados, como queira, era usada por mulheres que foram seduzidas e abandonadas, e na epoca uma mãe solteira era condenada ao abandono familiar, era vergonha e tinha que ser punida exemplarmente para que irmãs e primas não seguissem seu caminho,nada restava ao bebê senão a tal roda, algumas quando conseguiam retomar o controle de sua vida até tentavam buscar seus filhos, mas na maioria das vezes em vão, outras resolviam ser freiras só para cuidar de seu filho anonimamente e saber qual o caminho seguiam.

Hoje pretende-se usar o que na epoca era uma oportunidade que as mulheres tinham de refazer suas vidas, não existia contraceptivos, planejamento familiar, camisinha, muito menos uma mulher solteira tinha a liberdade de ir ao ginecologista, mas hoje????

Seria mais facil o governo cuidar de questões como o aborto clandestino, as inumeras clinicas que fazem partos sem nenhuma infra estrutura, e investir em informações, mas tem um problema, a Igreja Catolica, ahhh... esse sim é um grande problema, o simbolo da hipocrisia, será que alguém deixa de fazer sexo só porque a Igreja quer que seja somente para fins reprodutivos???? Acho que nem os fieis agem assim, quando mais os "pagãos".

Recentemente uma propaganda foi retirada do ar a pedido da Igreja, onde uma musa funkeira alertava suas fãs para a gravidez indesejada, é a realidade, não só das meninas do funk, mas da mulherada em geral, o negocio é fazer sexo, seja como for e com quem for, mas tem que fazer sexo.

Tem muita mulher brigando pela igualdade dos sexo mas nem sabem o que significa direito as questões feministas, e acabam confundindo alhos com bugalhos.

Outro dia me perguntaram qual seria a solução para o Brasil, eu acredito que a melhor seria uma lei que punisse severamente uma mulher sem condições de sustentar, não digo dar feijão e arroz, digo dar condições de uma vida digna ao seu filho e punir o homem também, mas infelizmente gravidez cabe a mulher decidir, o obsurdo não consiste em abandonar, consiste em engravidar sem condições com os recursos que temos hoje.

E o governo, faça-me o favor, não estão conseguindo dar conta dos seus orfãos e dos jovens delinquentes, pra que tanta hipocrisia??? Tapar o sol com a peneira, nem as mães com nome estão tendo atendimento decente nas maternidades publicas, fico imaginando o que será das anonimas.

"Mãe Anonima" é o nome do projeto de lei.Novo modelo da roda, usado na Italia,
com aquecedor e sensor
que avisa quando tem um bebê no berço.


SEXO É BOM, MAS COM RESPONSABILIDADE!!!

E O GOVERNO TEM QUE ESTAR ATENTO,
ESTÁ NO ESTATUTO DA CRIANÇA:

"TODA CRIANÇA TEM O DIREITO DE SABER SUAS ORIGENS"

Temos que Evoluir e não Regredir

Eu.....

10 comentários:

Marcelo Henrique Marques de Souza disse...

A Igreja Católica é realmente hipócrita e também vejo esse tipo de lei como uma decadência, e não como um avanço.
Mas acho que o feminismo não poderia escapar de seu extremismo, por conta de que o discurso ocidental sustenta a retórica da igualdade muito mais no símbolo da liberdade do que no do direito. E "liberdade" acaba significando, pra grande maioria, "faço o que bem entendo". O problema, ao meu ver, é: quando é que a gente realmente "bem entende"??
Beijão

Osc@r Luiz disse...

Muito coerente a abordagem do Marcelo.
Sabe, querida, eu trabalho no SUS e existem programas, mesmo que tímidos, dentro do sistema, tentando reverter um pouco desse quadro tenebroso.
Mas com poucos recursos pra investir em Educação em Saúde, a coisa fica mesmo restrita.
Do outro lado da coisa, está minha esposa. Vice presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, sem radicalismos, e Defensora Pública. Como Defensora, atende mães, totalmente inconsequentes, que chegam querendo fazer um "pacote" de exames de DNA. Tipo 6 filhos, um de cada pai e 4 com pais duvidosos...
Realmente o problema é ainda maior do que o que vem à tona. O que aparece é apenas uma ponta de um iceberg.
Pelo SUS eu supervisiono as ações de Vigilância em 11 municípios daqui. Por isso viajo tanto. Em um desses municípios, bem pequeno, no mesmo local que eu visito, acontece o atendimento aos "grupos" (diabéticos, hipertensos, e tal). Um dos grupos que vejo se reunir é o de "adolescentes grávidas"... Meninas muito jovens. Muito mesmo. Fico pensando: quem poderia ter feito alguma coisa antes pra que isso não acontecesse...
Beijos, querida.
Parabéns pelo post e ao Marcelo pelo comentário.

Anônimo disse...

Curta e direta no assunto? Resumo na frase: "Liberdade sem informação, dá nisso!"

Sem mais comentários...

Anônimo disse...

Meu Deus que coisa triste tudo isso.
Não entendo o porquê de tanta informação não surtir efeito nessas jovens que querem iniciar a vida sexual mas não tem responsabilidade para tal.

Um beijo!!!

Sarah Rubia Nunes disse...

Marcelo,
Me da medo imaginar que podem manipular o estatuto da criança, para que tal projeto de lei seja aprovado.
rsrsrsrs, não sou extremista, so fico indignada quando vejo mulheres fazendo uso do que foi conquistado de maneira retrograda.

Oscar, aqui no Rio a situação não é diferente, nós temos os filhos do "BONDE"(é quando se faz uma fila pra percorrer o salão de dança, as meninas já vão preparadas, de mini saia sem peça intima, não importa quem esteja atras)
É uma situação preocupante, por que acho que as que engravidam tem sorte, ja que estão expostas a todo tipo de doenças, isso é um problema de saude publica, mas é cultural também.

Adão,
acredito que não existe Liberdade sem que haja conhecimento, caminham juntos.

Patty,
Acredito que fazemos parte de um grupo onde temos acesso a informações, muitas meninas so procuram um medico quando mais nada pode ser feito, e muitas mães esperam que suas filhas avisem "ei, vou transar hoje".

Infelizmente ou felizmente cabe a mulher a decisão final de uma gravidez.

Marcelo Henrique Marques de Souza disse...

O Oscar deve sentir essa situação na pele, por causa de seu trabalho.
Outro dia, num outro blog, debati a questão do feminismo, e fui mal interpretado porque não acredito em movimento com premissas fixas. Uma coisa é o que o Marx propôs como Comunismo; outra é a Revolução Russa, e aquilo que diziam ser comunismo (os ecos do texto do Marx) na antiga URSS.
Da mesma maneira, uma coisa é o que diziam as primeiras feministas, que o movimento surgia como liberdade de lutar por seus direitos e tal. Outra são os desmembramentos daquele início, que também são parte do movimento.
Acho, inclusive, que deve ser pensado o fato de que estamos numa lógica, hoje em dia, onde só se debate direitos. Nunca deveres. Isso porque 'deveres' pressupõe que se olhe para-além-do-próprio-umbigo. Difícil, quando o comercial de TV me diz o tempo todo: "Você em primeiro lugar!".
Continuo pensando que o "não" cabe à mulher. Se pensarmos que o "não" reside no limite, e que o barato para elas hoje é a tal "liberdade" (como se isso existisse de fato - as várias barrigas cheias de filhos mostram que não é bem assim), temos a fatídica constatação do senso comum: "o mundo está perdido..."

Beijos e abraços. Obrigado pela referência, Oscar.

Sarah Rubia Nunes disse...

Marcelo,

Acho que a falta de cumprimento do dever vai além disso, enquanto ambos os sexos debatem seus direitos esquecem que crianças precisam ser educadas e civilizadas, então vão se criando criaturinhas que sabem muito dos seus direitos, mas não aprenderam respeito ao proximo, etica e cidadania.
E os comportamentos se repetem, e o movimento feminista está se perdendo no meio disso tudo, acredito que ja se perdeu, vejo feministas de carteirinha torcendo para que suas filhas não repitam seu discurso, que voltem ao sonho de casar virgem, com um homem responsavel pelo sustento da familia, capaz de lhe proporcionar conforto e que elas nunca precisem lutar por um lugar ao sol.
Ganha com o feminismo as que conseguem aderir os ganhos até aqui a sua realidade e administrar de forma responsavel, buscando conquistar mais, com base concreta que não apenas a liberdade, essa é variavel demais.

Bjs

Cristiane Herrman disse...

Cai no seu blog por acaso (ou não)...
Fiquei abismada, parece que o governo faz questão de retroceder.
Com certeza isto só irá aumentar o número de meninas que tem filhos precocemente, pois haverá uma solução fácil e abominável.
E estas crianças desprezadas? Que vida terão?
Os orfanatos já estão lotados agora.
Prefiro não imaginar o que irão fazer quando a população de bebês rejeitados ultrapassar a “verba” destinada a sobrevivência deles.

Abraços

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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