"Sabemos que é próprio da pessoa tentar controlar aquilo que é intrinsecamente característico do ser humano, tentando livrar-se da percepção e consciência do que acontece consigo, uma vez que imagina que é devido à elas que sente dor mental. A modernidade nos oferece a Internet, entre outros, como instrumento possível de fuga da dor de existir e assim encontrar o repouso desejado durante a vivência das situações de conflito, isto é viver no paraíso. Ou seja, a Internet pode ser vista como o Éden moderno. Mas, como usar a Internet de tal maneira a ocupar o espaço de resolução dos conflitos emocionais?
Atualmente, os jogos eletrônicos e a realidade virtual frequentemente substituem os espaços lúdicos interpessoais que possibilitam a experiência e a elaboração emocionais. Servem como substitutos da relação pessoa a pessoa, necessária para o desenvolvimento e enriquecimento psíquicos, tornando a vida humana parecer um jogo com um objetivo a ser atingido, onde se acerta ou erra, ganha ou perde, etc. As experiências humanas passam a ser dicotomizadas: certa ou errada, boa ou má, por exemplo, ficando, assim, mais fáceis de serem controladas. O contato humano se dá entre um ser humano e uma máquina tirando a riqueza emocional da relação interpessoal, mas as dores do viver e angústias são evitadas.
No mundo virtual tudo pode: não existem limites, finitude. Uma pessoa pode se apresentar a outra como gostaria de ser e de ser vista, ou se mostrar como a pessoa com quem se comunica quer que ela seja. São vistas e se mostram numa tela de computador, através da visão de palavras. A realidade virtual, assim, passa a ser a extensão do eu, (...)Site: www.lincx.com.br
Fonte: Suely Gevertz. Psicóloga e psicanalista. Professora nos cursos "Atendimento em Orientação Familiar e Processos Psicoterapêuticos", "O Desenvolvimento do Raciocínio Clínico na Prática Psicoterapêutica" e "A psicanálise na sociedade contemporânea", do Instituto Sedes Sapientiae. Membro efetivo do Departamento "Formação em Psicanálise", do Instituto Sedes Sapientiae. Coordenadora editorial da seção Psicanálise da revista "Viver Psicologia", da Editora Segmento. Psicanalista pelo Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de psicanálise de São Paulo.
Estou com uma puta preguiça de pensar, dizem que é inferno astral, daqui a pouco 36...
Venho há tempos tentando me despedir do blog, sempre algo me leva a desistir.
Entro, leio a atualização dos meus favoritos, as vezes comento, outras não, na realidade não me perco com assuntos que não me interessam, não leio mais apenas por ler e marcar presença, não tenho me ligado mais em quantos me lêem, embora tenha me surpreendido com o numero de visitas, mas de pessoas que nem sei quem são...
Há pouco mais de um ano, percebi que o que escrevia estava interferindo diretamente no comportamento dos meus amigos, comecei a ser contida no que escrevia, embora todos gostassem dos meus textos, mas isso aqui ainda era um blog pessoal, os meus pensamentos e não o meu comportamento.
Na internet eu já li de tudo, já vi comportamentos de mesquinhos a maravilhosos, mas até quando existia verdade neles? São poucas as pessoas que põe na rede sua realidade nua e crua. Eu sou uma delas, acho que a Iara também, ela me motivou a publicar esse texto, e vai ser bem extenso e talvez o ultimo(durante a pane do google veio a certeza de que não quero mais ter um blog).
De que me adianta inúmeros amigos virtuais, se nem sei direito quem é meu vizinho?
De que me adianta magnificas ideias se não converso sobre elas com meus amigos reais?
De que me adianta agradar alguém lá do outro lado do mundo se não consigo perceber alguém que divide um espaço físico comigo?
O mundo está impessoal, não sei se uma maneira de se projetar com perfeição, mas a realidade é que nada virtual é completo, nós sabemos apenas parte do outro, o que ele quer mostrar e como quer mostrar quem é, e isso é perigoso.
Vejo pessoas mentirem suas vidas, vejo pessoas julgarem as outras e isso me traz certo incomodo.
Quando estamos no mundo virtual estamos mais propensos a julgamentos que as vezes interferem de maneira destrutiva as nossas vidas, o que alguém lá do outro lado do mundo acha nada tem haver com a minha realidade aqui, os aspectos económicos, culturais, emocionais são outros. O que acontece com menos frequência numa rodas de amigos que sabem quanto vc ganha, quanto custa seu aluguel, se o clima está propenso a depressão, como se comporta o mundo a sua volta, detalhes impossíveis de serem passados e sentidos pela rede, é possível se imaginar uma realidade, mas dentro do que conhecemos, não posso imaginar o que meu sentimento não conhece. Isso é ilusão.
Se você desliga o computador e tem aquela sensação horrível de vazio, como se tivesse "desligado" um ente querido, comece a olhar mais para as pessoas a sua volta, a vida real é melhor.
Tem gente que diz que sou doida, tenho um amigo que diz que se eu conversar certos assuntos com estranhos vão pensar que eu fumo um negocinho, mas a sensação que tenho é que estamos fornecendo informações pra serem catalogadas, para sermos manipulados, um exemplo, foi anunciado que a comida do mundo está acabando, rapidamente se soube a reação dos pobres mortais, será que tinha fundamentos? Será que era um estudo ou uma pequisa comportamental? Acho que ninguém ligou não se falou mais nisso.
As pessoas estão se preocupando mais por nada, estão mudando seu comportamento por conta do que está acontecendo lá do outro lado do mundo e esquecendo de cuidar e resolver a sua realidade.
Se um dia der uma pane nos provedores de internet no Brasil, o numero de suicídios será assustador, então se você é totalmente ligado na internet comece a cultivar algo real, comece com pequenas caminhadas, pare pra assistir o por do sol, sorria para as pessoas na rua mesmo que te achem um louco, é legal pra cacete ser louco. No começo você pode achar estranho, chato, mas depois ao invés de querer mudar a template do seu blog você vai querer se vestir melhor, estar melhor, ter coisas que a vida real exige, lógico que é mais fácil esconder as necessidades e a carência atrás de uma tela, mas fico imaginando se algumas pessoas fizessem tudo o que fazem de graça pra ganhar dinheiro, putz..., não lhes faltariam nada.
Essas ferias foram uma merda, nossos planos foram por agua abaixo e não foi literalmente, como diz meu filho mais novo, não houve ferias de verão, só choveu.
Minha intenção era tira-los dos jogos eletronicos, então com tanta chuva, ao invés de jogar xadrez na internet, comprei um tabuleiro de xadrez, ao invés de jogarmos vídeo game comprei um War, essa partida da foto durou 7 horas, e não terminou, recebemos visitas e tivemos que interromper, estar perto de outras pessoas, sentir o calor de alguém, ver as expressões corporais, não existe o que substitua isso, por mais que esteja perto um do outro, diante de uma tela é só apertar um botão o resto a maquina faz, ou nossa imaginação.
Eu amo meus amigos virtuais, mas meu relacionamento com eles é limitado a ideias e palavras, eu sou uma pessoa incapaz de viver sem aconchego humano, tem coisa mais gostosa do que um abraço aquecedor? E não tem descrição falada ou escrita que chegue perto da sensação de ser amado.
EXPERIMENTE!!!!!!!
Voltei as minhas arcaicas anotações e rabiscos.
5 comentários:
É que se voce nao tivesse entrado nesse mundo, se tivesse continuado no mundo arcaico das anotações, eu nao teria conhecido voce :(
nao teria vontade de ir ao Rio vê-la;
Eu acho que dá pra conciliar as duas coisas sim.
iara nao quer fiocar sem sarah.
nao vai embora.
nao me deixe.
Sarah.
O ser humano é um universo infinito.
Nossa mente é um computador avançado que consegue trabalhar em várias áreas e se dividir em inúmeros setores.
Viver a realidade é infinitamente mais importante do que "viajar" pelas ondas internáuticas.
O Blogue serve para "relatar" o que você vivencia em sua vida real.
Uma maneira de narrar a tua visão da vida e do que ela te presenteia.
A auto-censuran existe... porém, existem outras maneiras de expôr nossas idéias e opiniões... com um certo cuidado para não machucar amigos ou parentes.
Mesmo que "na minha visão"... idéias e opiniões não vão ferir aqueles que... realmente... nos amam e admiram.
Vivamos o real e contemos "nesse espaço bloguístico"... tudo ou quase tudo.
Sem essa blogosfera... eu não teria te conhecido.
Não desista deste espaço.
Abração forte pra tu.
Será?
Depois que você voltar para o mundo, vais sentir saudades. Deixe o blog ai. Vai dar uma volta. Depois, você aproveita o lado bom de ambos. Agora você em conhecidos nos dois lados.
Agora voce conhece o bem e o mal de dois mundos dentro deste interminal mundo de mentes, espíritos, almas e corpos.
Agui você sente falta de lá. Lá você sentira falta daqui.
A internet é uma forma de comunicação ainda não controlada pelo estado como conteceu com o rádio e a televisão.Assim usam-na como querem.Eu apenas me divirto.Não uso msn, e se algum blogueiro comenta e é grosseiro eu uso o banner do haloscan.Se mentem, azar deles porque ninguém nos conhece! Faça o que quiser e que se dane a patrulha, ninguém lhe paga as contas!!!!
Adorei seu texto, me identifico muito com o que escreveu, sou relativamente nova na net, menos de 2 anos, antes não estava nem ai, mas já tenho um blog, já fiz parte de outros, mas , não me acostumo com a troca que as pessoas fazem do real para o virtual. Já tive minhas decepções com pessoas que criam um personagem e acho que acreditam ser real, muito louco isso.
Eu me apresentei na net com nome e sobrenome, acho que fui ingênua, o fiz por desconhecimento , hoje não me mostraria assim. Já a Iara, admiro a sua coragem.
Por várias vezes já tive vontade de fechar o blog e me afastar da net, mas sempre volto atrás, gosto de escrever algumas bobagens por lá de vez em quando, já que meu espaço fala de muita coisa e nem sempre são escritos meus.
O que gosto na net é que encontrei algumas pessoas que entendem o que falo, aqui fora nem sempre me escutam, acham que eu sou meio maluca, como vc citou.
Mas prefiro mil vezes bater um papinho com os amigos do que ficar na frente do computador, mas em plena terça-feira, não dá para juntar os amigos reais, então a gente cata os virtuais, e é por isso que não deixo a net. Beijos
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